Ratinho Junior defende que Brasil lidere discussões globais sobre uso de recursos naturais

Ratinho Junior defende que Brasil lidere discussões globais sobre uso de recursos naturais

O governador Carlos Massa Ratinho Junior defendeu nesta terça-feira (19), durante a abertura da 13ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), em Curitiba, que o Brasil lidere as discussões sobre o uso racional dos recursos naturais, aliando sustentabilidade e desenvolvimento com políticas públicas que sirvam de exemplo não só ao País, mas ao mundo.
O encontro, que reuniu os governadores dos sete estados integrantes do Cosud, ocorre simultaneamente com a Conferência da Mata Atlântica, que visa a articulação nacional e internacional sobre os grandes desafios das mudanças climáticas, com especial atenção à preservação da biodiversidade e ao papel da Mata Atlântica como bioma-chave na resiliência ambiental do Brasil. As tratativas da conferência serão encaminhadas à presidência da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro.
“O Brasil pode e deve ser referência em energia renovável, biocombustíveis, biogás e tantas outras formas sustentáveis de geração energética. Acredito que a Conferência da Mata Atlântica será uma grande oportunidade para mostrar que no Brasil existem políticas públicas que têm dado certo e que podem servir de modelo para o mundo”, defendeu o governador do Paraná.
“Buscamos ser cada vez mais um estado equilibrado, que concilie sustentabilidade, desenvolvimento econômico, social e cuidado com o meio ambiente. A natureza tem dado sinais claros diariamente, e penso que o Brasil tem uma grande oportunidade de mostrar ao mundo que, aqui, existem boas políticas públicas de preservação, geração de energia renovável e, acima de tudo, de exemplo para os países de primeiro mundo que ainda insistem em usar carvão mineral para gerar energia”, acrescentou.
O Paraná é responsável por cerca de 18% da energia produzida no País, sendo que mais de 95% dela é limpa, de fontes renováveis. O Estado também já distribuiu mais de 12 milhões de mudas de árvores nativas e soltou mais de 3 milhões de peixes nativos em diferentes rios que cortam o Estado, ajudando no equilíbrio da fauna e na preservação da água para a população.
  • Ratinho Junior também destacou a importância do saneamento básico para a saúde pública. “Um dos maiores crimes ambientais que pode existir é uma cidade não ter saneamento básico. A falta de tratamento adequado prejudica não só a saúde da população, mas também os rios, riachos e microbacias, sendo altamente poluente. Por isso, além do cuidado com as florestas, precisamos ter atenção com o saneamento básico e os resíduos sólidos, temas fundamentais nos quais precisamos investir cada vez mais”, disse.
“No Paraná, temos um planejamento para que, em 2028, sejamos um dos primeiros estados do Brasil a universalizar o saneamento básico, algo essencial para a saúde da população e para a preservação da natureza. Essa é uma meta que todos os estados buscam e que cada um vem organizando, seja por meio de estatais, Parcerias Público Privadas, concessões ou privatizações. O que importa é a boa prestação do serviço ao cidadão e, acima de tudo, o cuidado com a natureza”, finalizou.
O Governo do Paraná também trabalha para diversificar sua matriz energética por meio de um Plano de Biogás e Biometano. O objetivo é integrar recursos renováveis e otimizar a gestão de resíduos, reduzir emissões, promover a geração descentralizada de energia e fortalecer o posicionamento estratégico do Estado.
No campo regional, os estados que compõem o Cosud formalizaram em 2023 o Tratado da Mata Atlântica, protocolo de intenções para a união de esforços buscando a preservação, conservação e a utilização racional dos recursos naturais do bioma, por meio da adoção de ações conjuntas e coordenadas para promover o desenvolvimento harmônico e o alcance de resultados mutuamente proveitosos.
Entre os objetivos do protocolo estão o planejamento integrado de corredores ecológicos regionais, com foco na gestão territorial, por meio do compartilhamento de experiências entre os estados e da adoção integrada de instrumentos e estratégias de monitoramento, de fomento à restauração e conservação de ecossistemas e paisagens e da bioeconomia, além da integração de estratégias, tecnologias, metodologias, dados e informações geoespaciais para aumentar a eficiência na fiscalização ambiental e combater o desmatamento ilegal.
  • COSUD – Criado em março de 2019, o Consórcio de Integração Sul e Sudeste tem como objetivo fortalecer a parceria entre as regiões e promover ações que beneficiem a população. A presidência do consórcio, atualmente sob a responsabilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, é conduzida em um sistema rotativo, garantindo a alternância de liderança e promovendo um ambiente colaborativo entre os estados.
Os sete estados que compõem o Cosud abrigam mais de 114 milhões de habitantes, o que corresponde a 56% da população brasileira, e são responsáveis por 70% do PIB nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Cosud tem personalidade jurídica própria e terá sede em Brasília, com servidores indicados pelos estados, o que ajudará a defesa dos interesses do Sul e Sudeste em nível nacional.
CONFERÊNCIA – A Conferência da Mata Atlântica acontece de 19 a 21 de agosto, no pavilhão de exposições do Parque Barigui, em uma iniciativa conjunta entre o Governo do Paraná, o Consórcio Brasil Verde e a Prefeitura de Curitiba. O encontro na capital paranaense propõe um espaço estratégico de articulação nacional e internacional sobre os grandes desafios das mudanças climáticas, com especial atenção à preservação da biodiversidade e ao papel da Mata Atlântica como bioma-chave na resiliência ambiental do Brasil.
Entre os temais centrais a serem discutidos estão: mudança climática e biodiversidade; financiamento climático; e governança climática e dimensão subnacional, resultando na Carta de Curitiba, que contém propostas concretas sobre Justiça Climática, Financiamentos Climáticos, Biodiversidade e Mudanças Climáticas, Conservação da Mata Atlântica e Cooperação entre esferas de governo e sociedade.
Fonte: AEN
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